Projeto APRIS (Associação de Produtores Indígena de Sucuruy) em Maracaju – MS

Introdução

A APRIS – Associação de Produtores Indígenas de Sucuruy, foi um projeto que contou com o interesse público da Prefeitura de Maracaju, do Ministério Público Federal e da Fundação Nacional do Índio, além do interesse das entidades sem fins lucrativos Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional do Estado de Mato Grosso do Sul e da Fundação MS em contribuir para o exercício efetivo de direitos e garantias fundamentais dos indígenas da Aldeia Sucuruy, em especial no tocante à segurança alimentar, autodeterminação e dignidade da pessoa humana. Iniciado em 2016, representa um marco significativo no desenvolvimento sustentável e na melhoria das condições de vida da comunidade indígena da Aldeia Sucuruy, localizada no município de Maracaju – MS. Ao promover a implementação de atividades produtivas sustentáveis e a criação de uma cooperativa agrícola. O projeto foi executado a campo pelo engenheiro agrônomo Márion Henry Ribeiro Dantas, que desempenhou o papel crucial no fortalecimento da autonomia econômica, social e cultural dos indígenas, respeitando suas especificidades e necessidades locais.

 

 

Objetivos do Projeto

O projeto teve como principal objetivo o desenvolvimento de alternativas econômicas sustentáveis para a comunidade indígena da Aldeia Sucuruy, com foco na diversificação da produção agrícola. Em parceria com a comunidade local, foram plantados 10 hectares divididos entre milho verde, melancia e mandioca, com o intuito de gerar fontes de renda de curto e médio prazo. Além disso, a criação de uma cooperativa agrícola, ação fundamental para a organização coletiva, o que permitiu aos indígenas a comercialização direta de sua produção e a geração de recursos para a melhoria das condições de vida da aldeia.

 

 

A Importância do Acompanhamento Técnico e Capacitação Profissional

Um dos pilares do projeto foi o acompanhamento técnico contínuo realizado por Márion Henry, garantindo que os indígenas tivessem as orientações necessárias para o desenvolvimento de suas atividades produtivas com técnicas agrícolas adequadas e sustentáveis. Esse acompanhamento não se limita à simples supervisão das atividades de cultivo, mas envolve também a capacitação dos indígenas por meio de cursos de formação profissional rural e promoção social.

O engenheiro agrônomo se empenhou em promover a inclusão das mulheres no processo produtivo, com destaque para a comercialização do milho em bandejas e a transformação da mandioca, que eram descascadas e embaladas para comercialização em mercados, feiras e restaurantes. Essas ações agregaram valor à produção local, tornando-a mais competitiva e ampliando suas possibilidades de mercado.

 

 

Impacto Social e Econômico

O desenvolvimento de um empreendimento coletivo indígena foi um passo fundamental para a superação das dificuldades econômicas enfrentadas pela Aldeia Sucuruy. A cooperativa, que envolveu inicialmente 20 famílias da aldeia, incluindo a família do cacique, promoveu um impacto direto na geração de renda para as famílias participantes, além de fortalecer o espírito de colaboração e autonomia dentro da comunidade.

A criação da cooperativa e a diversificação das atividades agrícolas não só garantem a geração de renda, mas também promovem uma mudança nas condições sociais da comunidade, permitindo aos indígenas a conquista de uma maior independência econômica e melhor qualidade de vida. A venda dos produtos, com foco em mercados regionais, restaurantes e feiras, é uma forma de combater a estigmatização social que, muitas vezes, marginaliza as comunidades indígenas.

 

 

A Sustentabilidade e a Cultura Indígena

O projeto foi cuidadosamente planejado levando em consideração as variáveis culturais e ambientais do povo indígena da Aldeia Sucuruy. A proposta respeitou os saberes tradicionais dos indígenas, incorporando práticas agrícolas que se alinham com as necessidades e os valores culturais da comunidade, além de ser ecologicamente sustentável, ao considerar as especificidades do solo e do clima da região.

Ao integrar as práticas agrícolas modernas com o conhecimento tradicional, o engenheiro agrônomo proporcionou à aldeia não apenas alternativas econômicas, mas também a preservação e valorização de sua cultura e território.

 

 

Conclusão

O projeto da Associação de Produtores Indígenas de Sucuruy, idealizado e implementado com o apoio técnico do engenheiro agrônomo Márion Henry Ribeiro Dantas, é um exemplo de como a agricultura sustentável e a organização coletiva podem transformar realidades sociais e econômicas, respeitando a identidade e os valores de uma comunidade. A criação da cooperativa agrícola e a capacitação dos indígenas são passos fundamentais para a construção de um futuro mais justo e autossustentável para as comunidades indígenas de todo o Brasil.

Ao gerar fontes de renda, melhorar as condições de vida e fortalecer a cooperação dentro da comunidade, o trabalho se reflete não apenas no sucesso econômico, mas também na promoção de uma maior dignidade e respeito à cultura indígena. O impacto desse projeto vai muito além da produção agrícola, abrangendo uma transformação social que promete ser duradoura e transformadora para a comunidade indígena da Aldeia Sucuruy.

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